segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Faça a diferença



Basta apenas viver o presente momento
Como se fosse o mais importante
Estar junto de quem realmente lhe apraz
E que apesar de sermos diferentes
No modo de pensar e agir...
Existe o respeito de ambas as partes
Sabendo conviver como irmãos.

Quantos sorrisos ganhamos
Quando sabemos compartilhar
Cada passagem da nossa vida
Que nos trazem ternura,alegrias
Até tristezas amenizadas,vencidas.

Dividir,doar-se de verdade...
Conviver na sincera amizade
Não ser apenas mais um...
Mas aquela pessoa querida
Que faz toda a diferença
Na vida de alguém!

Olga Pequena Mensageira

domingo, 28 de setembro de 2008

O poder da mente



Silencia por instantes e olhe o infinito
A imensidão que nos concede liberdade
Através dos pensamentos você viaja
Muito além do horizonte consegues chegar
Unindo a energia que habita em seu sêr
Fortalece o poder que emana da sua mente.

Feche os olhos.. respire fundo
Sinta o seu espírito renovar
A energia que vem do universo
Deixe a sua mente harmonizar.
E viva com essa força poderosa
Que todos possuem e não sabem
Como esse dom precioso canalizar.

Olga Pequena Mensageira

Anjo amado!



Quando pensei que a vida já havia me concedido tudo...
Que me havia presenteado com preciosas dádivas...

Eis que vem trazer-me esse tesouro mais precioso...
Com o brilho das estrelas,e os raios luminosos do sol.

Agradeço a beleza do universo
que num ímpeto de amor...fez nascer você !

Olga Pequena Mensageira

Caminhos...




Muitas vezes nos perdemos nos caminhos da vida
Quantas estradas percorremos sem rumo
Tropeçando nas pedras que nos machucam.
E mesmo assim continuamos andando
Como se uma força maior nos impulsionasse,
a seguir adiante sem esmorecer...
Com os pés feridos,sangrando
ainda assim quase nos arrastando...
Confiantes na certeza de que uma luz
estará sempre a nos guiar na escuridão.
E que o nosso verdadeiro caminho
Está lá na frente a nos esperar
Se com fé e esperança vamos buscar!

Olga Pequena Mensageira

A descoberta do amor



Lá estou eu sozinha
Sentada olhando o céu
Atirando diversas pedrinhas
Jogando sem rumo ao léu.

É a minha descontração
Que ensina-me a pensar
O que vai no coração
Para a tristeza não entrar.

Confusos sentimentos
Embaralhando a visão
Não sei se é amor
Ou um misto de paixão.

Será carência afetiva...
Confundindo a estação?

Não vou ficar remoendo
Esse estranho sentimento
Mesmo estando a viver
A emoção deste momento.

Levanto, vou caminhando
Espreguiçando feliz a cantar
Descobri que de mansinho
Meu coração está a amar!

Olga Pequena Mensageira

Não deixe de amar



Mesmo que os sofrimentos invadirem sua alma
Não deixe que a escuridão esconda sua luz.

Por entre estradas sinuosas que venha a surgir
O verdadeiro caminho procura seguir.

Quando o sol deixar de aquecer o seu corpo
Lembre-se que a luz voltará a brilhar
E essas nuvenzinhas logo irão passar.

Sinta a certeza dentro do seu coração...
Que as esperanças também renascerão.

Confia sempre no seu Criador
Que por ti construiu o mundo...
E concedeu à sua vida todo seu amor.
Portanto...não deixe de amar!

Olga Pequena Mensageira

Anjos existem



Quando Deus criou o mundo
Nele colocou anjos para nos acompanhar
Durante a nossa estadia aqui na terra.
Porque podemos nos desviar do caminho
E ficarmos caidos na estrada do infortúnio
Que nós mesmos procuramos nesta vida
Por nossa culpa, essa mísera culpa...

E mesmo assim para ajudar-nos
Nos envia seus anjos emissários
Para nos levantar e seguirmos juntos
Difundindo entre nós o seu amor.

Esses anjos nos ajudam a cumprir
A missão que nos foi concedida
Elevando-nos até o verdadeiro amor.
Que em nosso coração tão sofrido
A semente do amor espalhou.
Seja você... um anjo do amor!

Olga Pequena Mensageira

Te amar


Esse seu jeito de menino
Com um sorriso a me olhar
Vem trazer-me o carinho
Afeto, com vontade de amar.

Vejo nesse olhar tão doce
Aquela feição de anjo a doar
Seu coração de ternura
Quem resiste ao seu encanto
E a vontade de te abraçar?
Só desejo um cantinho
Dentro do seu paraiso
Me envolve de mansinho
Beijos de amor vou te dar.

Entenda esse meu jeito
De tentar aprisionar
Meu lindo,doce menino
Que eu aprendi a amar!

Olga Pequena Mensageira

Que amor é esse?



Sabe aquela pessoa que não sai dos pensamentos,
que preenche seu coração de felicidades,
só pelo fato de existir,mesmo que esteja distante?

Talvez nem saiba o quanto significa para mim
Porém o meu amor é maior que a distancia,
Que porventura está fisicamente nos separando.

Mas o espírito voa na velocidade da luz...
E assim sinto toda a essencia desse sentimento.
Diria que seja o amor platônico...
Existe mesmo esse amor ?

Olga Pequena Mensageira

sábado, 20 de setembro de 2008

Quem sou eu...



Sou como o vento que passa...
Suave ,faceiro como brisa...
Também posso ser um vendaval...

Sou como o sol que aquece...
E queima ,fustiga seu corpo.

Sou como a água cristalina
Que desce cantarolando...
por entre as rochas e segue...
seu caminho em direção ao mar.

Sou o perfume das flôres silvestres
que encantam...as florestas e os campos.

Sou um pequenino grão de areia
que enfrenta as ondas revoltas do mar ...
este oceano que é a vida !

Sózinha não sou nada...
mas com amor e carinho
construiremos juntos...
Pontes de extrema amizade!

Olga Pequena Mensageira

Irmão Sol...Irmã Lua !



Por entre caminhos te procuro

Onde andará... meu irmão Sol ?


Nos campos,nos bosques,na relva

Pelas estradas e no alto das colinas,

Estou a te buscar...não o encontro

Começo a desesperar...onde estás ?


Nos regatos e nas fontes...

Murmura a água cristalina e segue...

Serpenteando as barreiras...

Que interditam seu caminho.

E nada...onde você vai estar ?


Anoitece...junto as estrelas...

Estou a escuridão iluminar...

Com meu suave brilho...

Vejo o mundo clarear...


Agora sei porque distantes estamos

Eu sempre soube que você existe...

Mas não adianta te buscar...

Porque sómente nossa alma...

Sabe onde nos encontrar...


Você sempre será o meu amor...

O seu calor irá aquecer o dia.

Enquanto eu a noite...irei iluminar...

Na escuridão...serei a estrela guia.


Juntos vamos iluminar o mundo...

Porque você sempre serás...

Meu irmão Sol...eu a irmã Lua...



Olga Pequena Mensageira

Amigos são para guardar



No recanto da minha alma

Guardo as mais belas lembranças

Dos caminhos percorridos

Nos sorrisos dos meus amigos.


Companheiros de jornada...

Onde o acaso direcionou

Sempre na mesma direção

Que um dia idealizou.


Sonhos...buscamos juntos

Cantamos,dançamos ao luar

Compartilhamos alegrias,tristezas

Rolamos na relva...até nos fartar.


Entre as dunas,muitas areias

O sol forte a castigar...

Buscando o oásis refrescante

Nas águas caminhando devagar.


Em cada lugar ou espaço

Revejo os meus amigos

E são as doces lembranças

Que no coração vou guardar

E com muito amor recordar !


Olga Pequena Mensageira

Anjo mensageiro



É você anjo lindo...
que traz-me mensagens
Para compartilhar os meus dias.
Quando abro essa página...
Nela vejo você sorrindo,
dando-me bom dia,boa tarde,
boa noite,como estás ?

Que alegria eu sinto de saber...
que envia-me mensagens de carinho...
Desejo de alma pura
agradecer essa amizade.
Porque não vou deixar
para o amanhã incerto,
o quanto representas
hoje em minha existência.
Em apenas uma frase
te direi com afeto ...
Eu sempre vou te amar !

Olga Pequena Mensageira

Saudades...



Quando estamos tristes...
é que a nossa alma busca Deus,
na comunhão expressiva da dor e desalento.
Um pedido de socorro que atinge
o limite das nossas forças,
até as profundezas do abismo.
Quem já sentiu essa sensação de perda,
a dor imensa da saudade,
a despedida de alguém...
que nunca mais retornará;
compreende o vazio intenso...
que parece levar-nos a loucura,
ao torpor das lembranças...
que resistem ao tempo.
Na tristeza, nossos pensamentos,
alçam vôo em velocidade da luz.
E como num livro,existe...
o princípio,o intermediário e o fim.
Sómente o tempo implacável...
irá amenizar o nosso sofrimento,
que irá deixar profundas cicatrizes.

Olga Pequena Mensageira

O despertar da solidão



Um dia amei quem não merecia,

que não soube ofertar-me ternura.

Desolada sofri a ingratidão,

e fechei meu coração.


Porém,sábia a natureza

que alivia a dor contida.

Com o passar do tempo

cicatrizaram as feridas.

Compreendi então,que o amor

é um dom precioso.

Para deixá-lo trancado na escuridão...

E erguendo-me do chão ao infinito,

conheci a luz e a imensidão do amor bendito.



Olga Pequena Mensageira

Meu anjo mensageiro



Creio num amor que traz-me paz

E que eleva-me ao infinito.

No sentimento singelo e puro

As chamas da paixão que queima.

Labaredas que não se apaga

E um coração que de amor inflama.

Que será de mim quando se apagar

A ardente contemplação do paraiso

Sem você a me amparar...

Distante do mundo desejo estar

Se o verdadeiro amor não existir.

E por toda a eternidade irei buscar

A imensa paz que um dia me fez sonhar !


Olga Pequena Mensageira

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Um amor verdadeiro





Aquilo que presenciei hoje fez-me emocionar de alegria...

Parece a história de contos de fadas : e foram felizes para sempre !


Num cerimonial religioso um casal completando Bodas de Ouro.

Que cena linda pudemos apreciar nos olhares trocados,

como se fosse no dia do casamento há cinquenta anos atrás.


De um extremo a outro no recinto onde foi celebrado e abençoado

esses anos vividos de carinho,amor,companheirismo;

estavam os filhos,netos,bisnetos.


Três gerações unidos para comemorar esse acontecimento de amor.



Digo de amor... porque atualmente é raro uma união duradoura.

Uma linda história de vida a dois que servirá de exemplo

à continuidade da família futura, daqueles que compareceram

e irão guardar os momentos de harmonia e felicidade,

que passaram nesse dia tão festivo!


Posso dizer que ainda acredito

em histórias de amor eternizado no matrimônio.

Que Deus abençõe esse casal e os faça felizes !



Hoje ganhei meu dia !




Olga Pequena Mensageira

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Nossos pensamentos


Realmente somos frutos do nosso pensamento.
A vida nos oferece obstáculos a serem superados;
uma forma de crescermos espiritualmente
e angariar forças, para quando vierem confrontos.
Nada vem por acaso,tudo que parecem espinhos tortuosos,
são aquilo que podemos suportar...para sermos moldados.
Isto porque se viessem como um presente embrulhados,
não daríamos o devido valor...porque aqui estamos
Para aprendermos com os frutos das experiencias vividas.

No nosso interior existem forças poderosas
que infelizmente não a utilizamos...
Se quando cairmos ficamos abalados,
busquemos esse canal de energia
que está armanezado e não usamos
esse potencial em nossa vida.

É sempre na fraqueza que descobrimos
essa capacidade de sobressairmos da solidão.
Quando tudo parecer desmoronar em nossa vida,
ainda ficará aquela pequena centelha de esperança
que nos fará ir além das nossas forças.

Porque iremos buscar esse potencial,
que vem da fé naquilo que realmente acreditamos.
E também nunca deixe morrer seus sonhos
eles nos conduzem, fortalecem a cada caida,
mesmo que pisando em espinhos...
prossigamos no caminho tão almejado dos sonhos.

Nossa vida não é um mar de rosas...
Aprendamos com as adversidades,
a derrubar barreiras para sermos vencedores.

Olga Pequena Mensageira

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Minha rosa



A cada momento aprendemos algo...até com a natureza e os animais.


Comecei a prestar atenção nas plantas desde que tive uma roseira num canteiro de pedregulho ,onde cuidei e colocando terra adubada,fiz um pequeno jardim;pois o quintal era todo cimentado,não havia local para plantar,só pedras !

Era um pequenino pé de rosa com um caule fininho,onde despontava um botão e umas três folhas sómente.Plantei e cuidava dela com carinho,e todos os dias ficava a observar seu crescimento regando-a sempre.

Desenvolveu com rapidez e tornou-se um lindo roseiral repleto de flores durante todas as estações do ano.


Mesmo no outono,quando as plantas ficam despidas das sua folhagens, a roseira lá estava com suas flores, sem nenhuma folha !

Incrível como ela me presenteava todos os dias com suas flores,parecia mesmo uma forma dela agradecer-me pelo carinho com que eu a cuidava.

Mesmo da janela eu agradecia por cada flor que me oferecia e que encantava a todos que a contemplava.


Porém...um belo dia tive que mudar de residencia e não pude levá-la,por estar plantada num jardim...e eu ia morar em apartamento!

Pedi a vizinha que residia no mesmo quintal, que cuidasse dela,isto porque a mesma amava as plantas e também as cultivava em vasos.Mas...apesar de todos os cuidados,a roseira simplesmente secou após a minha partida.


Dessa roseira tirei uma lição de vida : sem amor e dedicação o ser humano resseca a alma , torna-se infeliz e morre para o mundo .


Olga Pequena Mensageira

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Páginas da vida



São trechos das postagens de.... Quem se arrisca ?


Nasci numa pequena cidade do interior e durante minha infância corria feliz pelas cercanias do sítio dos meus pais,no campinho que era o paraiso,repleto de flores silvestres e relva verdinha para deitar e sonhar.

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Aquilo era o meu pequeno mundo.E eu não sabia o quanto amava tudo aquilo.Nunca poderia imaginar que estava vivendo naquele pedaço de chão a mais maravilhosa fase da minha vida.Meu pai,trabalhava a terra e assim trazia o sustento para minha família.

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Minha mãe,pessoa humilde no corpo e na alma,cuidava de mim e de meus oito irmãos,com zelo e carinho.Apesar das dificuldades que passávamos,tínhamos uma educação exemplar,um respeito inerente e uma certeza de que a vida nos reservava grandes feitos.

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Com estes exemplos,alegrias,tristezas,tudo era compartilhado como o pão de cada dia.Cada qual fazia sua parte para edificar ainda mais o conceito familiar.O aprendizado contínuo,fazia-nos sonhar com um futuro promissor.

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*Mas...eu trazia dentro de mim um sentimento estranho,um misto de desafio e liberdade !Embora aquele pequeno cantinho do mundo contivesse tudo que algué poderia querer para viver em paz,meu espírito era rebelde e aventureiro !Sonhava com as luzes da cidade,com a correria colorida dos grandes centros !Queria estudar,crescer,trabalhar e ser gente grande!====================================================================


*Então eu olhava ao meu redor e percebia que toda minha esperança poderia ser vã.Alí era o fim do mundo.A escola mais próxima estava a doze quilômetros da porteira onde eu subia para ver todo o meu mundo.Muitas crianças faziam o caminho a pé,mas moravam mais próximas do vilarejo.Eu teria que ficar o dia inteiro fora,e quem ajudaria meu pai na roça?

Se meus irmãos mais velhos não puderam estudar,como eu poderia vencer esta falta de ambição deles com tanto serviço para ser feito no sítio ?===================================================================


Porém não desanimei.Tinha sonhos e iria concretizà-los mesmo com sacrifícios.Com o passar dos anos,meus irmãos conseguiram estudar o básico.E assim aprimorávamos na leitura,porque,mesmo sendo humildes,nós sempre tivemos livros adquiridos com muito esforço.Foram a nossa regalia,pois constituia todo nosso aprendizado e viajávamos nas leituras.

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A partir daí nossa vida tomou outro rumo.Meus irmãos mais velhos conseguiram trabalho nas indústrias em outr cidade e com economias,meus pais construiram nova casa no centro da cidade,sem desfazer do nosso cantinho no sítio,que nos trouxe muitas alegrias,apesar dos árduos trabalhos.

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*Muitas coisas marcaram esta época...Suaves lembranças e pequenas cicatrizes enchem de nostalgia os momentos que passo a sós.Nunca poderei esquecer as noites de inverno e lua cheia quando sentávamos ao redor do fogão de lenha.Enquanto a fumaça subia lentamente pela pequena chaminé espalhando o cheiro morno de milho cozido que borbulhava no caldeirão,meu pai enrolando um cigarro de palha começava contar lentamente e com voz rouca aquelas estórias de assombração que até hoje povoam meus pensamentos!====================================================================


Como toda criança,sentia medo das estórias fantásticas,mas me fascinava ouvir meu pai contando.Lembro-me das suas feições curtidas pelo sol da labuta diária.Seu olhar seguro que impunha respeito e proteção.Aquelas mãos calejadas que nos alimentava sem queixar-de do cansaço.Todos nós ao redor do aconchegante fogareiro,tínhamos calor não sómente das chamas azuladas,ms o amor fraterno que também nos aquecia.Noites frias com a canequinha de chocolate quente nas mãos...

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Quantas venturas ainda guardo na memória,fatos alegres e engraçados;e tristeza quando lembro que sem querer matei oito porquinhos rejeitados pela mãe.Por consequência do frio,acomodei-os dentro de um caixote de madeira e cobri com pedaços de pano velho.Porém,esqueci de deixar frestas para respirar;morreram asfixiados...Chorei muito e pedi perdão aos bichinhos.Tinha sete anos e queria protegê-los.Até hoje recordo-me do fato,embora já tenha passado tantos anos.

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É engraçado a reação quando falamos do passado.Acham que somos nostálgicos por relembrar fatos a nossa vida,principalmente da infância.Lembranças vívidas como se fosse o marco das aventuras que foram realizadas e nunca cncluidas porque a vida continua e as experiências traduzem nosso alicerce principal baseados na família desde a mais tenra idade.Viver do passado não,e sim,fortalecer as raízes que hoje é a regalia da vida .

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Com o olhar perdido no horizonte,meus pensamentos retrocedia nos anos em que não dispunha de tanto conforto que agora desfruto.Nesta férias,passei belos dias no litoral paulista,revigorando-me no corpo ,alma.Sem preocupações da rotina diária,pude vislumbrar a imensidão do mar,as estrelas no firmamento,e a vegetação da natureza.Sonhos...adquiridos,realizados.

Quando no frescor da ingenuidade poderia usufruir deste universo maravilhoso ?

Não poderia imaginar como sonhos transformam-se em realidade quando batalhamos por eles com muitos sacrifícios.Lembrei-me das valetas que meu pai construia,armazenando água para regar as plantações,ao atravessar uma pequena ponte de madeira que acessava a praia...

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Em pequeninas coisas faz-me retroceder à minha infancia:as valetas de irrigação,as lindas e frágeis libélulas esvoaçantes que beijavam as águas cristalinas e descansavam nos raminhos que ladeavam aquele recanto onde sómente se ouvia as águas em movimento.Quando o tempo estava quente,sentava na ponte de madeira e deliciava-me refrescando os pés naquela água límpida.

Como era bom ser criança !!

-Tudo se tansformava em brincadeiras inocentes e contentamento.

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Nem tudo eram flôres,havia também os espínhos.A primeira experiência dolorosa de perda,foi do cãozinho que era meu companheiro de jornada.

Brincávamos e corríamos pelos campos,ora rolando e cansados de tantas brincadeiras,ficávamos deitados na grama,aconchegados com a brisa suave que nos embalava.

Porém,tudo desmoronou quando numa manhã despertei e não avistei o meu amiguinho.

Percorri todo o quintal e deparei uma triste cena :ele estava morto entre os arbustos.

- Ele era tão novinho para morrer !!

Chorei muito e não esqueci o quanto sofri naquele dia. Foi também o aprendizado da fé em Deus.

Aprendi que a vida tem seu final e que o sofrimento faz parte do nosso viver,segundo minha mãe que foi a evangelizadora da nossa família na crença do catolicismo.

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*Acho que eu tinha dez anos.Era época das férias.

Eu não era um menino medroso e andava pelo terreiro cantando e repetindo:

-"Pererê,Pererê,onde está você.Eu vim aqui te ver."


O meu primo dizia que muita gente dalí,já tinha visto o saci.Era um negrinho sem vergonha,de uma perna só,muito arteiro,com um gorro vermelho pra cobrir o cabelo pichaim,e com um cachimbo de barro no canto da boca.

Eu não dava muita atenção,mas sabia que ele falava para me por medo.Eu não acreditava,mas também não duvidava.Até queria ver um.Então eu ia sózinho e ia lá arás da casa da vó,e ficava espiando o pasto e cantando :

-"Pererê,Pererê,onde está você.Vim aqui para te ver".


Um dia deu uma ventania forte de levantar poeira no terreiro da cozinha,e deformar aqueles redemoinhos.A vó falou que quando formar redemoinho...chi !

Sai correndo,corre mesmo porque é o sací que está com raiva,e fica girando dentro dele.Falava que se a gente jogasse uma peneira e um rosário de contas bem aberto em cima dele,o saci ficava preso no redemoinho até o rosário quebrar.

Você não acredita? Dito e feito !


Ela jogou o rosário de contas e na mesma hora a ventania parou.Eu sei que na catequese me ensinaram que tudo isso é invenção dos antigos e que nada disso deve nos impressionar,porque nada disso existe...Deus está sempre conosco,mas eu fiquei mesmo impressionado.

Fiquei pensando,pensand e sai resmungando sózinho:

-Será que ela prendeu o saci.Será que esse negrinho existe mesmo ?


Eu senti um arrepiozinho,mas eu não vi nada naquela ventania.Só vi poeira.Eu só acredito se encontrar um.

-Pererê,Pererê,onde está você? Vem aqui para eu te ver !


Também não vou me preocupar,porque se existe já está preso.A vó prendeu um,os outros estão soltos por aí,e podem ser traiçoeiros.

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Acredite se quiser nas estórias e folclore da nossa infância.

A chácara onde vivia,havia uma estradinha de terra batida,ladeada por carreiras de jutas;paralela à cocheira no fundo do quintal.Havia também pés de mamão,pêras e limão rosa.As noites eram iluminadas apenas pelo luar e estrelas numa luz tênue.

Tínhamos um cavalo que durante o dia pastava nos arredores.A tardezinha depois de alimentado,retornava à cocheira.Habitualmente pela manhã,era tratado,escovado,e após todos esses cuidados,era conduzido à pastagem.

Porém,numa manhã,o cavalo estava muito aflito.

Qual não foi a surpresa assustadora,quando vimos o rabo do animal todo trançado !!


Diz a lenda que o sací é quem faz esta maldade com os cavalos.Sinto arrepios quando relembro o fato que ainda criança presenciei.Agora pergunto:

-Será realmente folclore ??====================================================================


*Eu sempre andava por esta estradinha,e ia beirando a cerca de arame farpado,procurando pera madura.Aquele dia eu não queria nem pêra,nem mamão,eu estava tentando localizar um pequeno ninho de passarinhos com três filhotes,que eu tinha descoberto um dia antes.

Eu queria mostrar estes filhotes pelados e esfomeados para meus priminhos que eram muito pequenos,cinco a três anos naquela época.Eles nunca tinham visto coisa igual.

Percorri todo o caminho e não encontrei o ninho.Cheguei ao fim da cerca que terminava nas ruínas da casinha de sapé,já há muito tempo abandonada.Era alí que eu tinha nascido.Alí era o meu berço.Tive muita vontade de afastar as teias de aranha,espantar as galinhas e espiar lá dentro.Fiquei parado alí na porta.Estava muito escuro e eu resisti.

De repente,eu me arrepiei todo !

Ouvi um estalido,e um cacarejo de taquara rachada...Foi um arfar descontrolado de asas batendo,roçando minha cabeça,que irrompe daquela escuridão.

Confesso que me assustei.Então eu dei meia volta,tentando abandonar o lugar,mas não cheguei a dar nem vinte passos quando alguém me chamou:

-Psiu ! Psiu !

Olhei em toda a minha volta e não ví ninguém.Andei mais um pouco e ouvi novamente:

-Psiu ! Psiu !

Era alguém que queria me assustar.E eu sorria fingindo já ter descoberto quem fosse.

Virei a cabeça tão rápido como uma coruja,e semicerrei os olhos para diminuir o excesso de claridade.

- Agora eu o encontro!

O assobio parecia vir lá de baixo da beira do córrego que serpenteava entre o mato e o capim.Com certeza era alguém fazendo graça,mas eu não conseguia ver ninguém.

Eu não conseguia parar de tremer.Foi aí que me lembrei da ventania,da peneira,do rosário e do Pererê.

A verdade é que naquele momento eu não queria me lembrar,não queria pensar,não queria cantar,mas também não conseguia me dominar,e em meu pensamento eu repetia:

-Pererê,Pererê,onde está você ?Vem aqui para eu te ver !


Eu não queria falar isso,não queria pensar nesse verso,mas uma força me fazia repetir:

-Pererê,Pererê,onde está você ?Vem aqui para eu te ver !


Agora eu continuava andando com a cabeça abaixada,passos longos,mais rápidos,quando novamente eu ouvi bem perto de mim:

-Psiu !Psiu !


Olhei para o pasto morro acima,e fiquei grudado no chão,enquanto um arrepio gelado descia como lâmina cortante pela minhas costas.Eu não podia acreditar,mas ele estava lá.

Não tinha gorrinho vermelho,também não ví cachimbo.

Mas não era ninguém de casa.Estava alí parado,a poucos passos,bem na minha frente.

Ele sorria...Ele assobiava e saiu pulando numa perna só.

Você também está arrepiado,e eu tenho certeza...

Eu ví o sací !====================================================================


Após tantos medos e assombros,difícil era dormir na escuridão do quarto,onde pequena claridade do luar penetrava pelas frestas.Parecia que a noite era longa demais,e sómente se ouvia o coxar das rãs no riacho,e os grilos sussurrando nas árvores.

Escondia a cabeça nas cobertas,imaginando mil coisas acontecendo na escuridão.E assim adormecia,sem antes pedir proteção ao anjo da guarda.

Por falar em anjo,lembro-me de um quadro que minha mãe colocou no quarto e era muito lindo.Nele,o anjo da guarda acompanhava duas crianças numa ponte,protegendo-as da turbulência do rio.

Fixando esse quadro na mente é que conseguia me acalmar e relaxar.

Tinha muita fé nesse amigo invisível que sempre me protegeu.Com o despertar do novo dia todos os medos eram esquecidos.

A sinfonia dos pássaros,o canto do galo,a natureza deslumbrante banhados pelo orvalho,a brisa do campo entremeados com o aroma sutil das flôres silvestres que revestiam o verde rasteiro.

E após um humilde café da manhã,lá ia eu;meus primos,cantarolando felizes rumo a escola.A caminhada era longa e cansativa,cortávamos caminho numa estrada coberta de gramas.Tudo era felicidade porque descobríamos o mundo em cada trecho que percorríamos.

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*...Um dia brincando em meio ao "colonhão," que era o pasto do gado,ví algo que até hoje não sei direito explicar...mas que vi,isso ví.Estava com 10,12 anos e junto com meus amigos brincávamos de bang bang.Cada um arrumou um pedaço de páu,armamos em cima um pedaço de cano daquelas antenas tipo "jacaré" e colocávamos pequenas bolinhas de "sinamão" como projéteis...era então amarrados um elástico,tipo aquele de soro...puxávamos e zapt...doia pra burro...eram nossas armas...e assim formávamos grupos...um contra o outro...criávamos cabanas quebrando galhos,fincando forquilhas...cobrindo tudo com folhas e galhos...e até que ficavam bem bonitinhas e firmes...então o objetivo era aproximarmo-nos e tomar a cabana do outro grupo...e um dia começamos a brincadeira...o pasto era grande...os bois estava no outro curral(cercado)...e arrastávamos pelo chão...na tentativa de nos aproximar da cabana do inimigo...em dado momento eu olhei para trás e estava sózinho...tudo bem...já estava acostumado...não sentia medo...nem sabia direito o que era medo...medo de cobra,aranha,escorpião...que nada...tinha medo sim da mula sem cabeça,do sací pererê,da mulher de branco...e assim m arrastando por entre o colonhão ia eu,então em dado momento um barulho na mata me chamou a atenção,eu me ergui com cuidado e bem devagar com medo que fossem os outros meninos...

- Meu Deus !!!

A coisa era negra,enorme...peluda...e bufava...nem olhei direito...só sei que saí na correria,gritando,gritando...

As folhas do colonhão me cortando,me lanhando todo e eu nem aí...só queria correr e correr...aquilo era assustador...e quando me ví em espaço limpo,em uma pequena rua...meus gritos atrairam as pessoas mais próximas...homens,mulheres que passavam ao longo parava e olhava...

============================================================continua========

Páginas da vida ----- parte 2


continuação...


*homens ,mulheres que passavam ao longo parava e ficavam olhando espantados e assustados...meus amigos logo chegaram correndo também,eu estava todo ensanguentado...o sangue vinha dos cortes do colonhão.

Cortes no rosto,nos braços,nas pernas...minha roupa estava toda manchada de sangue...e...explicar o que tinha acontecido ? o que eu tinha visto ? aonde ?

Eu não tinha respostas para essas perguntas...e em casa uma boa surra me aguardava,pois dei muita preocupação para meus pais...e assim,depois disso,em muitas brincadeiras eles me chamam de "menino estranho"...

O tempo passou,muitas coisas a gente esquece com o tempo,mas algumas não conseguimos nos desvencilhar tão facilmente...

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Explicar fatos estranhos,que acontecem...quem nos dará crédito ?

As vezes vejo coisas e fico só com meus pensamentos,ninguém vai me dar respostas mesmo !!

Ou nem sabem o porque disso ou daquilo...

Tinha parentes que moravam distantes da cidadezinha onde residia;bem no meio de uma mata cerrada de plantações de eucalíptos.A chácara era imensa e havia de tudo,típica de agricultores...todo pedaço de terra se plantava ,nada se perdia.Foi numa festa de casamento nessa chácara que ví algo estranho.

Naquela época as festas eram dispendiosas,muita gente.A barraca enorme de lona era armada no quintal e a noite era iluminada com lampiões de gasolina.

Com o passar das horas os parentes se retiravam e muitos poucos ainda permaneciam.As crianças continuavam brincando perto da claridade dos lampiões na noite escura.

Quando distraida olhando a lua,contemplei uma bola de fogo acima da barraca se abrindo tomando formas gigantescas.

Repentinamente no interior da mesma,apareceu o cálice,a patena,brilhando como se fosse ouro...e a hóstia com os dizeres JHS.

O brilho era intenso e ofuscava a visão.Ignoro o espaço de tempo que ali ficou,talvez minutos...não sei.

Quando tudo se desfez numa nuvem de fumaça, nem contei a ninguém,porém o meu tio viu e descreveu o acontecido.Até hoje fico sem respostas,quem iria realmente crer numa criança de apenas oito anos naquela época ?

Detalhe...uma semana após esse fato,minha priminha que lá residia adoeceu sem causas aparentes e faleceu.

Fico arrepiada só de relatar...

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Com os fatos acontecidos muita coisa se modifica em nossa vida.Não foi diferente na infância...com os missionários franciscanos que passavam pela paróquia da minha cidadezinha,evangelizando algumas ovelhas desgarradas.

Eram idênticos aos discípulos de Cristo,com suas vestes surradas e sandálias batidas pelo pó das das estradas.Nas faces o suor das contínuas caminhadas que faziam ao longo dos dias e noites pregando nas ruas acompanhados de muitos curiosos e fiéis.

Naqueles humildes missionários foi determinada minha fé que permanece através dos anos.Aqueles rostos queimados pelo sol e barba por fazer,na eloquencia viva do evangelho,são cenas que relembro com carinho e guardo dentro do coração...e creio que foi na passagem da quaresma.

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Quem não aprontou quando está distante dos olhares vigilantes dos pais ?

Nunca fui a excessão e também tinha sómente alguns aninhos.Não escondia minhas traquinagens,era ingênua demais para definir maldades naquilo que fazia.Foi nessas andanças que sucedeu algo horrível.

Como era caminho do sítio,atravessava a plantação de melancias cultivadas por meu tio.-Imagina se a vontade não foi mais forte que a cautela de ser pega em flagrante ?

Aquelas suculentas frutas expostas ao sol,era uma enorme tentação !

Engraçado que eram pequenas,mas muito saborosas.É evidente que sentada debaixo de uma árvore,esbaldava-me deliciando com a fruta que havia colhido e partido com um pedaço de galho caido no chão.

Devido a hora do almoço,todos estavam descansando,e não havia ninguém para fazer-me correr.Estava satisfeita e preparava-me para continuar o trajeto,quando repentinamente surgiu um enorme enxame de abelhas.

Fiquei apavorada e paralisei...foi a minha sorte !

Só sentia o zumbido ressonando no rosto...passavam como poeira levantadas pela ventania...nem respirava de tanto medo !

Questão de segundos,da mesma forma que surgiram elas foram embora,e saí ilesa sem nenhuma picada...seria castigo por eu ter pego a melancia sem pedir ao dono ?

Também não ia ficar alí para perguntar.Até hoje ninguém soube desse fato...que chamo de "invasão de abelhas selvagens".

Parecia a praga de Egito !!!====================================================================


Havia algo de misterioso no ar quando se aproximava a sexta-feira santa,Paixão de Cristo.

Eu não entendia direito o porquê de todo aquele ritual nas igrejas,e nos ares também.Parecia que o tempo parava e uma sensção de tristeza predominava. Minha mãe,católica praticante...não deixava-nos fazer nenhum trabalho nesse dia.

E quanto ao jejum,sómente uma refeição completa e moderada,nada de abusos.Foi dessa maneira que aprendi a respeitar a Semana Santa.

Era como se fosse uma maneira de vivenciar toda aquela passagem do sofrimento de Jesus Cristo entre nós.

Havia um fato interessante...minha mãe plantava alho sómente na sexta-feira santa...ignoro o porquê.São coisas que criança guarda e não pergunta aos adultos,fantasiando tudo como mistério. Passados tantos anos,aquela sensação persiste quando chega a semana santa...e aqui fica registrado a passagem dos anos com a fé mais fecunda.

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Tinha entre cinco ou seis anos...não me recordo com exatidão.

Sempre brincava com meus primos no campinho perto da chácara,correndo por entre a relva rasteira na subida da encosta que era a nossa diversão.

Engraçado que nunca havia reparado que a minha casa ficava num lugar baixo e que era ladeada por morros.

Existia uma pequena saliência,como uma cratera ao término do mesmo.Gostava de esconder-me dos meus primos nesse lugar árido de solo avermelhado e vazio.

Sómente terra seca e pedregosa compunha o cenário. Para os meninos era aventura,como se fosse o deserto de um cemitério de animais.Algumas pessoas jogavam os animais mortos naquele lugar ermo.

Um belo dia descobri uma faca fincada até o cabo e puxei-a...não estava enferrujada, levei-a para casa.Até então tudo normal,sómente a noite começaram a aparecer pequenas protuberancias rosadas que coçavam e alastravam-se pelo corpo todo.

Minha mãe passava remédios para aliviar e nada amenizava.No dia seguinte bem cedo fui levado ao médico da cidadezinha que examinou-me e nada descobriu,receitou um unguento para aliviar as coceiras.

Durante uma semana sofria tudo aquilo porque estava formando feridas.Alguns amigos recomendaram a minha mãe que eu fosse levado a um benzedor conhecido nas vizinhanças.

Quando lá estive,ele fez uma oração e benzeu-me com o sinal da cruz. Senti um alívio momentâneo.

Nesse instante ele perguntou se eu havia pego alguma coisa no mato enquanto brincava.

Lembrei-me da faca fincada no solo e contei sobre a mesma.Pediu-me que fosse levá-la novamente ao local...no mesmo lugar.

Retornando a casa,eu e meu pai pegamos a faca e enterramos até o cabo exatamente como a encontrara.

Devolvida à terra,senti que tinha enterrado também a coceira.Ignoro o que realmente aconteceu e nem penso em questioná-lo...porque sempre existe um mistério que deixo enterrado com a faca.

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Uma pequena homenagem à minha primeira professora que ensinou-me a escrever:

Dª Florinda,de semblante firme e muito simpática.

Lecionava numa única sala de mais ou menos 25 alunos,classe mista...faixa etária entre 6 e 7 anos.Todos os alunos de origem simples e um pouco retraídos...aqueles que ficavam ruborizados quando se dirigia a palavra.

A singeleza das crianças ávidas pelo aprendizado,compunha um ambiente siencioso e compenetrado quando a professora ensinava.Muitas vezes recebíamos a visita do amável diretor Sr. Ciro com seu porte magro e alto num terno sóbrio,feições sérias e determinadas.

Nesse dia o silêncio era total,sómente o divagar do diretor com sua voz forte e amistosa ecoando na sala,contando estórias do nosso folclóre brasileiro, numa tentativa de instruir-nos sobre o que eram contadas pelos mais velhos, sem contradizê-los na sua versão.

Os alunos participavam da conversa perguntando sobre os mesmos!

Tínhamos maior admiração pelos dois integrantes do ensino primário,ainda mais pela educação que transmitia-nos com eus exemplos.A lição de vida,o desempenho do mestre aos seus discípulos,tudo foi armazenado e repercutido nos anos vindouros.

A primeira professora nós nunca esquecemos;principalmente eu que aprendi a amar os livros e gostar de escrever.

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*Quando menos espero vem o meu primeiro beijo.

Brincávamos e ríamos em uma calçada calma.Então paramos e nos entreolhamos e a curiosidade fez com que o coração batesse depressa;as mãos ficavam com mais sintonia.

Sentia o seu ar quente em minhas narinas e isto me fazia desejar mais.Não víamos ninguém a nossa volta;e aconteceu o beijo.

Tentei imitar os beijos de novela,porém este só durou seis segundos.Foi o suficiente;não consegui esquecer-me daquela cidadela ,que até hoje perfura meu peito.E nem daquela garota que me beijou rapidamente por seis segundos !

Procuro encontrá-la ,mas tenho que deixar o meu presente.E isto complica a minha vida.

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São João...São João...acende a fogueira no meu coração...

Como todos os meninos...gostava de olhar o céu estrelado na noite de São João e percorrer cada pontinho que parecesse uma tocha de balão aceso.

Por vezes,tinha a impressão que as estrelas piscavam para mim..ou passavam em uma velocidade que mal se distinguia na escuridão.

Procurava sinais de balões no alto e quase tropeçava porque nem olhava onde pisava.

Meu pai sempre fazia fogueira no quintal do sítio na época das festas juninas.

Com pequenos pedaços de madeiras cortadas com o machado...naquela época era fogão de lenha que usávamos na cozinha.Tudo muito rústico...mas aconchegante.

Uma parte da infância simples e feliz.Enquanto meus pais e meus irmãos ficavam assando batata-doce e milho verde na fogueira, conversando animadamente, eu só espreitava o céu...quando ví um balão caindo em cima do nosso paiol feito de páu-a-pique.

Meu pai foi ligeiro...conseguindo pegar o balão com a tocha ainda acesa.Seria uma catástrofe se pegasse fogo no paiol.

Desde esse dia fico apreensivo quando vejo balões no céu...penso nos incendios que podem provocar, e também nas queimaduras das brincadeiras da fogueira.


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obs) As postagens com (* asterisco) não são da minha autoria.




Olga Pequena Mensageira

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Uma distancia...



Apenas uma pequena saudade das lembranças felizes que passei entre minha adolescência até a vida adulta.Uma tênue recordação de ternura e de sonhos que foram um marco de esperança e dedicação a um belo ideal que sabia poder concretizar com o passar dos anos com muita perseverança e anseios.

Como aprendi durante a experiencia da rotina diária!

Passo a passo com afinco e paciencia...justamente eu , um tanto impetuosa , porém sensata !
Nada foi fácil,pois houve diversos caminhos a percorrer por estradas pedregosas e tortuosas que interpunham a minha revelia de querer seguir adiante.

Imprudência enveredar por estradas nunca percorridas e sem rumo certo...apenas aventuras passageiras ,sem consequencias perigosas.
Coração livre e espírito aventureiro.Épocas de alegrias e tudo era felicidade !

- Como gostaria de rever todas as paisagens que fizeram parte desse paraiso onde não existia maldades,apenas a singela razão de viver o encantamento e a magia da juventude.

Ficaram o espaço,a distância entre o passado que se foi e o presente das suaves recordações vividas que não se deteriorizam com o tempo, ficam armazenadas na nossa memória.
Tudo aquilo que nos faz felizes ou tristes estão como que gravadas nos pensamentos.
Hoje busco a realidade das experiencias que vivenciei...embora fossem árduas, posso ter certeza de que realmente a vida,e tudo que realizei ou ficou para trás...valeu a pena !

Porque através de caminhos tortuosos e muita solidão, conheci pessoas maravilhosas que fizeram- me acreditar no valor da amizade e uma doação sem limites...mesmo sendo estranhos.
Não esquecerei jamais desses anjos que Deus colocou-me a fazer companhia nos momentos extremos que na escuridão passei !
É como se fosse uma pequena distância entre o céu e o paraiso tão sonhado aqui na terra.


Olga Pequena Mensageira

domingo, 7 de setembro de 2008

Anjo Mensageiro



Pode ser que não tenha tempo de dizer

O que significaste em minha vida...

Então deixo registrado nessa mensagem.

Se o destino nos separar e ficarmos

distantes...muito longe mesmo...

Desejo que saibas o quanto representou

Nessa minha caminhada virtual.


Aprendi com você o que é o amor

O verdadeiro sentido desse sentimento

Que vai além de vaidades, paixões...

A doce essência que vem do coração.

Com você eu aprendi a dizer

Eu te amo...

Sem receio de ser mal interpretada,

por levar amor em mensagens de carinho...

Enquanto viver irei guardar

Tudo que me ensinaste

Sobre o verdadeiro amor.


Eu te amo coração !


Olga Pequena Mensageira

Por quê ?



Sinto a sua distancia em minha alma

Por que tudo acabou se não fui eu

Que um dia se entregou ao seu sonho.


Dizia que tudo seria eterno por que

Fizeste do meu coração um abrigo

Para as suas desventuras que acolhi.

E agora quem ficou no fundo do poço

Sofrendo por razões desiludidas

Do seu amor que era uma mentira.


Aquela em que acreditei tão sonhada

Sou agora apenas reflexos e sombra.

Daquele amor a qual me entreguei

Enlevada por ti esquecida de mim

Sou um resto de coração partido.


Que junto agora os cacos perdidos

Fragmentos que o vento levou...

Na minha desvalida ilusão pergunto:

Por quê?


Olga Pequena Mensageira

Maravilhas da natureza



Deslumbrantes cachoeiras que caem


Num belo espetáculo ensurdecedor


Águas que jorram vindo altaneiras


Maravilhoso vislumbrantes...


Sinto o seu esplendor premente


Em cada gota que respinga


Quando em cascata sobrevém


Rolando através das pedras


Quando transbordantes


Desliza em véu de espumas


E caminha em direção segura


Levando em si a força


Toda a dimensão do seu ser


Em caminho para o mar.



Olga Pequena Mensageira

O dom da vida



Pense sobre isso com carinho

Como é maravilhoso poder ver...

Enquanto muitos vivem na escuridão.


Como é lindo caminhar a passos firmes...

Quando muitos estão enfermos no leito.


Como é reconfortante poder ouvir

Os sons da natureza ,músicas,outras pessoas...

Quando muitos não possuem a audição.


Ah...esse suave aroma que aspiro

Constantemente das flores,essências

De tudo que respiro quando posso sentir...

Quando muitos faltam até o oxigênio.


Os alimentos que nos mantém vivos

Quando muitos por miséria...

Não possuem migalhas para comer.


E nesse frio que no inverno enfrentamos

Com agasalhos e cobertas quentinhas...

Quando muitos congelam nas ruas.


Pensou sobre esse dom de vida

Que recebemos todos os dias

E às vezes esquecemos de agradecer ?



Olga Pequena Mensageira

Amo essa vida



Amo tanto essa vida


Presente do meu Criador


Entre as coisas mais belas


Amigo me ofertou


Para que eu me levante


Quando cair pelo caminho.


E com esse anjo amado


Caminho vai percorrer


Assim ao meu destino


A uma luz eu chegarei!



Olga Pequena Mensageira

Flor campestre



Sou parte desse recanto

Que um dia vivenciei

Nesse espaço prazeroso

Onde a felicidade existe.

Como a vida leva-nos a caminhos

Desconhecidos também convivi.

E através de meros exemplos

Quantas coisas eu aprendi.


Sou como a pequenina flor

Que se delicia com a brisa

Na diversidade das cores

Foi assim que desenvolvi.

Aromas primaveris

Aspirando ao sorrir

A essência da alma pura

Como delicadas pétalas

Suavidade ao leve toque

Como um terno beijo eu senti.


E os anos se passaram

Como as flores que ficaram

Das sementes que plantei.



Olga Pequena Mensageira

O sol nasce para todos



Os raios refletem o seu brilho

Em todos os pontos que se pode observá-los

Do norte ao sul,nos cantos e recantos

Seus raios luminosos vêm ao mundo

Trazer calor e luz a todos os seres vivos

Porque todos dependem desse bálsamo

Que nós absorvemos sempre ao despertar

O nosso dia que se inicia na luz do amanhecer

A nossa certeza de mais um dia

Como se renascesse novamente

Agradecendo ao Criador

Por essa dádiva presente

Em todos os instantes

Da nossa vida...

Essa existência efêmera

Que é o nosso viver

Aqui e agora, sempre

Até o fim...eternamente.


Olga Pequena Mensageira

É possível...



Que talvez nos encontremos


Por obra do destino,quem sabe ?


Porque também...pode ser


Que nunca nos encontremos.


Ou ainda...por casualidade


Nem nos olharemos.


E somente nossos corações


É que sobreviverá a esse amor.


Será um sentir de almas


Que nem sei como irá se encontrar.


Essa vida passageira


Muito rápida vai levar


A magia dos momentos


Que me fez num acaso te amar.



Olga Pequena Mensageira

Ensina- me a amar



Por caminhos percorridos


A vida me ensinou que o amor


É a terapia fundamental


Que devemos cultivar


No nosso cotidiano


Se quisermos ser felizes.


Foi quando estava perdida


No obscuro sentimento de perda


Que voltei a conhecer o amor


E foi através da imensa dor


O carinho de um coração


Ofertando seu sincero amor.


Ensinou-me a amar


Esse sentimento singelo


De doar palavras de afeto,


Que me livrou da solidão


Hoje peço com carinho:


Ensina-me a amar !



Olga Pequena Mensageira

Sonhos



Esqueci de despertar desse sonho

Vivo tentando realizar,inutilmente

Porque não aceito a realidade

Se tudo já terminou desse amor

Ficaram cinzas somente

As lágrimas vem me consolar

Quando estou triste a chorar

Dessa desilusão que me assola

E não sei se irei suportar

Esse sentimento que trouxe

Infindas alegrias e ternura.


Agora sou como o murmúrio

Dos ventos que sibilam

Solitários e tristonhos

Como se me acompanhassem

E não soubessem o retorno.


Porque sonhos...

Não se transformam

Numa doce realidade

Para me fazer feliz

E no íntimo desejar

Dizer com ênfase:

Sou muito amada

Porque não são sonhos

É o despertar ao amor !



Olga Pequena Mensageira

O que significa amizade



É esse elo de carinho e afeto

Que recebemos diariamente

Não importando de onde vem

Palavras que transmitem

O que está nos pensamentos

E aquilo que vem do coração .


Agradeço por todos os dias

Que me fizeste companhia

Quando estive triste

ou sentindo-me sozinha...

E também compartilhando

da minha felicidade.

Essa mensagem é sincera

Aquilo que realmente desejo

expressar a você com carinho.


Olga Pequena Mensageira

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Quando falo com Deus



Busco no silencio da minha alma

É onde O encontro nas profundezas

Do meu vazio para deixá-Lo entrar.


Com toda a confiança...

Abro o meu coração

E nele deposito minha atenção

Com o desvelo de um Pai

Que atende o filho perdido

Basta apenas ter fé!


Meu Deus... sou tão frágil

Envia vosso espírito Senhor

Fortalece minha alma

E nesse silencio é que

Encontro com Deus!


Olga Pequena Mensageira

O silêncio



Existem momentos que é necessário

Ficar sozinho no silencio da alma

Para que nós busquemos força

E encontremos a paz e a luz

Para prosseguir o nosso caminho.

São momentos em que

Esvaziamo-nos de tudo

E encontramos respostas

Que nos auxiliam

A refazer-nos das lutas

Que às vezes são contra

Nosso maior inimigo...

Que somos nós mesmos.

É nesse silêncio...

Que somos fortalecidos

E entendemos que...

Somos pessoas especiais

E somos vencedores...

Porque somos filhos de Deus.

Nunca se esqueça disso.

E faça da sua vida...

Um abençoado viver!


Olga Pequena Mensageira

Como é grande esse amor !



Um grande amor não pode morrer

No esquecimento do tempo

Reviverá eternamente no coração.

Momentos inesquecíveis

Quanta poesia ouvi

Declarada escrevi

Para que ficassem gravadas

Nos pensamentos

E no íntimo do seu ser!


Amor... Amor eterno amor

Foi o que a lembrança

Doce convite ficou

E aos ventos cantarolando

Vou levando dentro de mim.

Sussurrando no infinito

Como é grande esse amor.


Amor... Meu eterno amor!


Olga Pequena Mensageira

Momentos



Foram os mais belos momentos que eu vivi

Ao amar-te tanto assim, foi que entendi...

O que significa o sentimento amar.

Amar somente deixar, o amor te levar.

Sentir a sensação, da magia no ar.

O ar se renova, o céu é mais azul.

E danço com os ventos faceiros

Rodopio ao som das músicas

Que se faz melodiosa sinfonia.


Quando se ama tudo é encanto

O mundo é maravilhoso

A felicidade acontece

De um abraço apertado

Um toque das mãos

Entrelaçado de ternura.

Basta somente o sentir

Dois corações a palpitar

Num mesmo compasso

Embalado no sonhar

E juntinhos amar...

Nesse momento!


Olga Pequena Mensageira

Um dia chuvoso



Tarde cinzenta coberta de nuvens

Num declinar da tarde que se vai

À noite anunciando seu lugar.

Sem luar, torna-se escura à noite.

No cantinho do meu quarto

Estou sozinha a ficar

Angústia sem fim

O que será de mim?


Procuro nesse silêncio buscar

Respostas que me ajudem

Ao meu coração consolar.

Essa noite está triste

Lágrimas serão companheiras

E quando exausta adormecer

Um novo dia irá renascer.

E entre sonhos irei esquecer!


Olga Pequena Mensageira

Uma história de amor



Como um conto de amor de outras dimensões distante do conhecimento humano...

Longinquo do planeta terra.Conheci esse amor de uma forma inusitada, através de mensagens poéticas.Ignoro como foi que iniciou, simplesmente aconteceu!

Um sentimento doce, singelo; tão diferente de tudo que conheci. Sem um olhar, contato, um tocar na pele. Sentimentos que ultrapassaram barreiras,o sentir como se fosse presente, a caricia do seu toque imaginário, a sensação de estarmos juntos embora distantes, muito além do alcance.

Muitas vezes a simples convicção de pensar no amado, parecia-me que estava ao meu lado mesmo sem vê - lo...

Eu o sentia junto a mim. Podia aspirar seu perfume, sentir o seu coração batendo descompassado, a sua respiração...

No aconchego do meu repouso, entrava nos meus sonhos como se fosse real.Como explicar a alegria de sentir a presença de alguém sem ver?

Um sentimento que não sei definir, que eu vivo dia após dia, como se fosse o alimento da minha vida. Quando o vazio está premente, as saudades fazem-me melancólica como se a distancia fosse maior entre nós.

Não sei como seria a minha vida sem esse amor, mesmo sem realmente o conhecer.Quando pude contemplar o seu doce olhar, tive a certeza que é um sentimento verdadeiro e muito real. Não desejo nem pensar longe do meu coração, porque sei que ficarei muito triste, e amar não é sofrer... É viver!

De uma coisa tenho certeza: como eu o amo!


Nem Shakespeare poderia definir esse estranho amor platônico, porque quando escreveu Romeu e Julieta não havia conhecido essa minha história de amor... Um amor que atravessará os confins terrenos e irá para a eternidade como se fosse o encontro das almas gêmeas.


Olga Pequena Mensageira

Momentos inesquecíveis



No mundo fantástico dos sons da música que nos marcam durante a nossa existência, que nem o passar dos anos esqueceremos.

Parece-nos que estaciona na mente permanecendo intacta em todas as fases da existência.

Como se mantém inalterada as sensações que sentimos em tempos passados, o presente momento em que tornamos a ouvir novamente.

No silêncio em que estou digitando, somente às lembranças afloram nos pensamentos. Um tempo que se foi deixando recordações nítidas enternecidas e doces ternuras.


Foi num baile que olhares trocados num instante mágico, onde as almas cruzam-se num só sentimento de torpor e comunhão, um só coração.Difícil é olvidar as saudades de lindos momentos que são inesquecíveis aos enamorados, como se a presença do ser amado bastasse e o mundo se torna um lugar especial somente a eles devido.

Estou inspirada escrevendo esse texto por ser essa semana o dia dos namorados.

Tantos anos se passaram, quantos tempos se foram e as lembranças ainda continuam apenas como linda história que não se apaga, e a cada fase se eterniza.Feliz é quem se realizou no amor e dele guarda doces saudades, mesmo que o destino os tenha separado em corpos, jamais em espírito!


Olga Pequena Mensageira

Acaso



Ninguém entra em nossa vida por simples coinscidência...existem sentido cada fato,cada passo,cada palavra...que desconhecemos o porque daquilo que chamamos de acaso do destino.

Como se sucedem é uma incógnita !!!


Quantas vezes nem pensamos em conhecer determinados lugares,pessoas que nos são estranhas,e por incrível que pareça...após termos contato com as mesmas, é como se fossem amigas de há muito tempo.

Eis um fato acontecido comigo faz uns dois anos.Com a viagem da minha filha ao exterior, tive que aprender a digitar no computador...quem dizia nunca iria aprender porque detestava-o.

- Que insanidade a minha !

Aprendi a digitar a duras penas porque desconhecia totalmente o manejo do teclado...ignorava completamente cada letra,nunca havia aprendido a fazê-lo funcionar ,e muito menos curiosidade de aprender informática !

Porém, a necessidade obriga-nos a executar tarefas ingratas...e a trancos e barrancos fui aprendendo na manha mesmo.Fiz muitas besteiras e acertos passo a passo com determinação;pois tinha que aprender !

Pedia auxílio aos amigos ,e através de várias tentativas frustradas fui conseguindo manejar o computador e abrir os programas.Ganhei até uma página no orkut...graças ao meu empenho e aprendizado.

Foi difícil ,mas não impossível...o que a determinação não faz !

Pouco a pouco parecia um vício adentrar nesse universo virtual,tudo parecia agora tão acessível e rápido!Conheci várias pessoas de estados distantes e muitas delas tornaram-se amizade quase reais...sómente contato por internet.


Aconteceram fases importantes e maravilhosas em minha vida,que jamais iria imaginar realizar : tornar-se realidade um sonho antigo que era escrever... que ficara engavetado durante vários anos,embora nunca o olvidasse totalmente.

Foi através de um jornalista (que também mal o conhecia)que principiou-se a aventura fascinante as escritas...oportunidade essa que agarrei seguramente com ambas as mãos !


Não sei por onde anda esse anjo virtual que cruzou o meu caminho...foi o maior incentivo que tive .Foi assim que convenci-me de que anjos existem e que estão aqui na terra para ajudar-nos a buscar o caminho certo.Irmãos auxiliando irmãos .

E ainda aconteceram outras coisas que não foram por acaso,mas fatos reais.Eu creio sim nesse acaso do destino,como o desenrolar de um longo fio que vai enroscando em cada pessoa que passa por nós...algum motivo deve representar em nossa vida para nosso crescimento.


Muitas delas permanecem como a caminhar comigo,para que eu não me afaste desse mundo encantado onde conheci a magia das poesias, mensagens , viver cada dia mais próxima de alguém que posso considerar uma amizade virtual.E dizer com convicção:

- Ninguém vem por acaso em nossa vida ...tudo tem um propósito ,um vínculo especial !


Olga Pequena Mensageira

A tristeza vai passar


É tão fácil dizer que tudo vai passar,quando nada mais resta de uma afeição que se esvanesce no vazio dos pensamentos.
- Por que tem que ser assim ...passageiro ?

Um sentimento que parecia não ter fim, agora se torna como o sol que se esconde num dia nebuloso chuvoso.Como dói a separação e a ausencia do sêr amado !
Tudo parece sem brilho, sem vida ,o ar se compraz em tristeza que machucam o coração.É tão difícil...suportar tanto vazio !!!

Porém, a vida tem que continuar...essa é a lei da sobrevivencia, mesmo sem alguém ao nosso lado,que outrora nos fortalecia a caminhar na realização de concretizar os sonhos.

Com o coração apertado, pensamentos a buscar respostas,sem nada pronunciar...vou tentando me achar nesse emaranhado de sentimentos agora confusos ,perdidos numa nova jornada sem destino.

- Que farei para combater novamente o frio da solidão tão presente no meu viver ?

Tudo é passageiro nesse mundo, mas é tão dolorido aceitar assim de coração ferido, ainda sem cicatrizar as feridas abertas.Tento amenizar as lembranças viajando nas músicas que são minhas companheiras inseparáveis nessa hora,minutos intermináveis...assim não estarei sózinha !

Foram tantas as alegrias, momentos inesquecíveis que o tempo não irá apagar...serão eternos .Sómente a passagem de uma nova vida poderá nos fazer reencontrar novamente...porque amei verdadeiramente sem medo de me machucar...declarando abertamente o meu amor.

Valeu a pena ...tudo foi maravilhoso !!!

"...é preciso amar as pessoas como se não fosse houvesse amanhã..."

Olga Pequena Mensageira